Por Anselmo Teles
Lançado em 1962, é o decimo oitavo livro do escritor inglês Anthony Burgess (25 de fevereiro 1917 – 22 de novembro de 1993). Uma distopia, com narração em primeira pessoa, que conta a história de Alexander Delarge (Alex), um delinquente (admirador de Beethoven) que após encontrar seus “droogs” no “Korova Milk Bar”, sai para a noite em uma Londres futurista praticando a “ultraviolência” regado a “moloko velocett”. Por ser um clássico da literatura é fácil encontrar vários textos, vídeos, críticas, análises, explicações e teorias das mais diversas sobre essa obra literária. Por isso, ao invés de mais do mesmo, vou indicar quais referências interessantes e divertidas pude tirar dessa obra.
Vocabulário Nadsat
Grande “sacada” do autor foi “criar” esse dialeto que é um misto de “russo” com linguajar das ruas de Londres. Com isso a história fica atemporal não estabelecendo nenhum período específico evitando uma narrativa datada. É divertido decorar as palavras do glossário no fim do livro.
Condicionamento Clássico
“O cão saliva por que vê seu dono trazendo comida, por tanto sabe que quando seu dono está chegando pode estar trazendo comida, por tanto seu estimulo automático é salivar”. Não sou psicólogo, nem tenho a pretensão de discorrer sobre psicologia e psiquiatria, mas as questões comportamentais abordadas no livro são temas interessantes para pesquisas. Burgess tinha na narrativa também certa crítica a utilização do behaviorismo em clínicas, consultórios e prisões.
“A todo estimulo enviado ao cérebro humano pelos sentidos, há uma resposta, que normalmente é uma ação” - Ivan P. Pavlov (1849 – 1936).
Quando preso, Alex é usado como cobaia em uma experiência chamada “Método Ludovico” criado pelo Estado e destinado a refrear os impulsos destrutivos dos delinquentes. O problema é que acaba também com a capacidade de defesa do paciente, deixando-o vulnerável quando é devolvido a sociedade.
Para pensar: Método de controle comportamental mantém certo domínio sobre o indivíduo, do jeito que o Estado quer? Acho que temos vários exemplos para aprofundar sobe o tema aqui mesmo nesse país.
FILME
Em 1965 Andy Warhol dirigiu um filme experimental chamado Vinyl baseado no livro de Burgess, mas foi no início dos anos 70 que o mundo virou de “pernas pro ar”. Inegável que a atmosfera, a narrativa e o figurino criados no filme de 1971 tiveram um impacto devastador na Cultura Pop mundial. Sem dúvida esse é um dos mais emblemáticos filmes do diretor americano Stanley Kubrick (26 de julho de 1928 – 7 de março de 1999). Principalmente os uniformes brancos dos “droogs”. O chapéu “coco”, cílios postiços, coturnos, idealizados para a telona pela figurinista Milena Canonero que são referências para vários artistas até hoje, nos mais diversos segmentos.
Em 1965 Andy Warhol dirigiu um filme experimental chamado Vinyl baseado no livro de Burgess, mas foi no início dos anos 70 que o mundo virou de “pernas pro ar”. Inegável que a atmosfera, a narrativa e o figurino criados no filme de 1971 tiveram um impacto devastador na Cultura Pop mundial. Sem dúvida esse é um dos mais emblemáticos filmes do diretor americano Stanley Kubrick (26 de julho de 1928 – 7 de março de 1999). Principalmente os uniformes brancos dos “droogs”. O chapéu “coco”, cílios postiços, coturnos, idealizados para a telona pela figurinista Milena Canonero que são referências para vários artistas até hoje, nos mais diversos segmentos.
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