Alguns álbuns tornam-se referências
históricas que ultrapassam qualquer medida ou critério. Quando se trata
de registros ao vivo, Frampton Comes Alive! é o maior de todos. Você
pode até preferir algum outro, mas estamos falando de dados e fatos
concretos. É o trabalho mais vendido de todos os tempos no formato, com
mais de 17 milhões de cópias comercializadas – metade disso apenas nos
Estados Unidos. Tal qual o KISS no ano anterior, com Alive!, o disco
catapultou de vez a carreira solo do ex-Humble Pie, que não vinha
obtendo resultados realmente expressivos até então, apesar de seu
inegável talento como músico e compositor.
A maior parte das gravações aconteceu no
Winterland Ballroom, em San Francisco, Califórnia, no dia 14 de junho
de 1975. A noite anterior, em San Rafael, assim como os shows de Commack
(24/08/1975) e Plattsburgh, ambas no estado de Nova York, (22/11/1975)
também serviram de base para o registro algumas faixas. Obviamente, o
overdub comeu solto, embora o autor da obra negue veementemente, como é
de praxe. Muitos criticam esse tipo de ação, mas chamamos de mal
necessário – afinal de contas, quem quer ouvir algum erro de som
repetidas vezes, que vá atrás de um bootleg. O resultado final é uma
verdadeira seleção de hits, daqueles que a gente ouve do início ao fim e
recomeça sem cansar.
O fato é que Peter Frampton é um músico
raro na história. Poucos uniram tão bem o senso melódico com uma técnica
acima da média. É um prazer ouvir tamanha classe a serviço de algo
palatável a todos os ouvidos. Não à toa, os grandes sucessos deste disco
podem ser escutados tanto em meio a rockers quanto no almoço da família
no final de semana. “Show Me The Way”, “Baby, I Love Your Way” e “Do
You Feel Like We Do” foram lançadas como single – a última editada, já
que chega aos 14 minutos no álbum – e garantiram seus lugares no panteão
das pérolas Pop de todos os tempos, a ponto de ofuscarem suas versões
de estúdio. Mas elas não são as únicas e chega impossível a citar
destaques no repertório, que ainda inclui uma versão para “Jumpin’ Jack
Flash”, dos Rolling Stones.
Frampton Comes Alive! chegou aos
primeiro lugar nos Estados Unidos (onde foi o disco mais vendido de
1976) e Canadá, além de um sexto posto na parada britânica. Se tornou
uma referência tão grande que a cada cinco anos acaba sendo relembrado
pelo seu protagonista, seja em turnês, lançamentos alusivos ou
reedições. A repercussão transformou Peter em um superstar, fato que só
ganhou proporções maiores após uma capa da Rolling Stone sem camisa, da
qual o músico se arrepende até hoje, por ter passado uma mensagem errada
de sua proposta enquanto artista. Mesmo assim, o tempo se encarregou de
fazer justiça e colocar as coisas em seus devidos lugares.
Peter Frampton (vocais, guitarra)
Bob Mayo (guitarra, piano)
Stanley Sheldon (baixo)
John Siomos (bateria)
Bob Mayo (guitarra, piano)
Stanley Sheldon (baixo)
John Siomos (bateria)
01. Introduction/Something’s Happening
02. Doobie Wah
03. Show Me The Way
04. It’s A Plain Shame
05. All I Want To Be (Is By Your Side)
06. Wind Of Change
07. Baby, I Love Your Way
08. I Wanna Go To The Sun
09. Penny For Your Thoughts
10. (I’ll Give You) Money
11. Shine On
12. Jumpin’ Jack Flash
13. Lines On My Face
14. Do You Feel Like We Do?
02. Doobie Wah
03. Show Me The Way
04. It’s A Plain Shame
05. All I Want To Be (Is By Your Side)
06. Wind Of Change
07. Baby, I Love Your Way
08. I Wanna Go To The Sun
09. Penny For Your Thoughts
10. (I’ll Give You) Money
11. Shine On
12. Jumpin’ Jack Flash
13. Lines On My Face
14. Do You Feel Like We Do?
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