Deep Purple – Burn
O primeiro álbum do Deep Purple após a saída do vocalista Ian Gillan e do baixista/compositor Roger Glover é uma passável, porém desapontadora tentativa. Em Burn, o novo vocalista David Coverdale soa convenientemente teatral, como o brilhante Paul Rodgers, do Free (segundo rumores, a primeira opção do Purple). Mas o novo material é, em grande parte, monótono e ordinário, sem o estilo locomotiva desenfreada dos melhores trabalhos do grupo.
A faixa-título é uma notável exceção, atrativamente energética, com apropriadas quebras de velocidade. “Sail Away” é hipnotizante, no estilo do Free. “Mistreated” também soa como o lamentavelmente extinto grupo, mas é flacidamente longa (7:25).
Preenchendo o LP, o cruelmente medíocre single “Might Just Take Your Life”, o chato Blues-Rock “What’s Goin’ On Here”, o Funk à la Cream totalmente lugar comum de “You Fool No One” e a tediosa Mogg/Bolero instrumental que aplica o golpe final. A maior parte do disco é habilmente forjada. A nova formação possui potencial. Mas a falta da chama de Gillan/Glover, que criou “Highway Star” e outras memoráveis músicas do Purple é sentida.
Ken Barnes
Rolling Stone, número 159, 25/4/1974
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