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Nova história do metal em português decepciona, mas vale como curiosidade



Nem definitiva, nem a única verdadeira. Mais uma obra literária chega ao mercado brasileiro tentando decifrar o heavy metal em seus meandros e em sua história, mas escorrega já no título e no formato, embora seja bem útil.

A editora Conrad fez um esforço grande para editar por aqui “Barulho Infernal – A História Definitiva do Heavy Metal'', dos jornalistas norte-americanos Jon Wiederhorn e Katherine Thurman, dois veteranos do jornalismo musical e considerados especialistas em rock pesado.

A iniciativa é interessante, diante da escassez de títulos sobre heavy metal no Brasil, mas o livro é mais uma coletânea de curiosidades do que realmente uma história completa do sugênero do rock.

A dupla de jornalistas fez uma ampla pesquisa, mas optou por um formato fácil, mas pouco relevante do ponto de vista informativo.
O texto segue o padrão “in his own words'', ou seja, em suas próprias palavras. É uma tentativa de contar uma história por meio de milhares de declarações de artistas, com algumas intervenções para “contextualizar''.

O resultado, no entanto, é um pouco decepcionante. Não entrega o que promete. É uma sucessão interminável de declarações de astros de várias gerações, seja em entrevistas aos autores ou concedidas a diversos veículos de comunicação, com quase nenhuma informação nova e uma ênfase sensacionalista nas aventuras sexuais e nas farras movidas a drogas e álcool, algo que pouco contribui para contar a “história definitiva'' do heavy metal. A música tem menos espaço do que deveria ter.

De qualquer forma, ainda que não passe de uma compilação de declarações que mostre de leve a evolução do segmento musical, serve como um livro de curiosidades e de introdução a quem pretende conhecer mais sobre o assunto.

Mais criterioso e informativo é “Heavy Metal: A História Completa'', do suíço Ian Christe, que vai a fundo na evolução histórica do subgênero, com rigor jornalístico e de pesquisa, sem perder o foco com a periferia de declarações pouco relevantes. Para quem realmente quer saber mais sobre a história do heavy metal, este é mais recomendável.



 Marcelo Moreira

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