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Jon Anderson e Jea-Luc Ponty se unem, mas desperdiçam ótima chance



Era para ser uma grande celebração ao rock progressivo, mas a união de dois gigantes da música não passou de um encontro pouco produtivo e frustrante.

Após passar por graves problemas de saúde entre 2008 e 2010 – que culminaram com sua saída do Yes -, o cantor Jon Anderson retomou a carreira ao lado do amigo e ex-companheiro de banda Rick Wakeman.

O projeto dos dois surpreendentemente deu mais certo doq que previam, rendendo um bom álbum e um combo CD/DVD ao vivo.  Entretanto, foi mais surpreendente ainda quando o cantor de 71 anos decidiu se unir ao violinista francês Jean-Luc Ponty no ano passado.
The Anderson Ponty Band prometia resgatar o violinista, que andava meio sumido, e mais ainda do rock. Com prolítica carreira solo no jazz fusion e passagem bombástica pela banda de Frak Zappa, o francês se tornou uma referência do violino associado à música popular.

A primeira colaboração entre os dois músicos deixou bastante a desejar. Em vez de ousar e trilhar um caminho diferente, optaram pelo conforto e pelo comodismo em “Better Late tha Ever'', CD recém-lançado e que gerou uma turnê pelos Estados Unidos.



O álbum foi parcialmente gravado ao vivo em 2014, com retoques no estúdio, e traz cinco regravações do Yes, com arranjos interessantes de Ponty no violino, mas que nada acrescentaram, infelizmente, às canções – “Time and a Word'', por exemplo, foi assassinada ao ser transformada em um quase reggae, uma paixão de Anderson.
“Owner of a Lonely Heart'' teve um destino melhor, apesar dos arranjos eletrônicos. O violino ganha protagonismo e fez um papel bem iteressante, ainda que uma guitarra tenha feito uma base desnecessária.

As demais nove composições, assinadas pelos dois astros, seguem o padrão pop de Anderson em seus trabalhos mais recentes, com acento folk. O detalhe é que o violino, na maioria delas, pouco acrescenta, infelizmente, em um conswervadorismo inexplicável para um artista tido de vanguarda.
O começo é animador com uma introdução altamente progressiva, para cair no marasmo em seguida em “One in the Rhythm of Hope'', embora o violino se destaque de forma interessante.

As letras espiritualizadas e new age de Jon Anderson permeiam todo o trabalho, mas não são suficientes para levantar o astral em canções pouco inspiradas. “Infinite Mirage'', “Renaissance of the Sun'' e “Soul Eternal'' se destacam no restante do álbum de pouco brilho.
Após trabalhos elogiados com o tecladista grego Vangelis, no começo dos anos 80, e com Rick Wakeman, esperava-se que a união com Ponty representasse um avanço na consagrada carreira dos dois. Neste primeiro trabalho, aparentemente, a oportunidade foi perdida.

 Marcelo Moreira

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