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Epitáfio de Lemmy com o Motorhead é um grande tributo ao rock pesado

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Quando o Motorhead lançou “Aftershock'', dois anos atrás, o vocalista e baixista Lemmy Kilminster vivia o seu inferno astral, com alguns pronlemas de saúde e várias especulações quanto ao futuro do trio mais pesado dos últimos 40 anos. O álbum mantinha um certo nível de qualidade, embora sem grande inspiração.

Mesmo cancelando alguns shows, o Motorhead persistiu, mas um CD bônus ao vivo sem muito tratamento que lançado em edição limitada de “Aftershock'' mostrava a banda meio desconectada, com um cansaço evidente demonstrado por Lemmy.

O baixista decidiu desacelerar e seguir os tratamentos médicos. E o resultado é que, à beira dos 70 anos de idade – e o Motorhead completando 40 anos de carreira -, o baixista e vocalista parecia mais inteiro, parcialmente recuperado, assim como mais inspirado.

Mal sabíamos que seria o último suspiro de criatividade do mestre do  baixo pesado – Lemmy morreu nesta segunda-feira (28 de dezembro), vitimado por um câncer agressivo descoberto dois dias antes.

O último álbum do grupo, “Bad Magic'', lançado neste ano, é bem superior aos últimos trabalhos. O piloto automático de “Aftershock'', que não é um álbum ruim, deu lugar um vigor inesperado de quem passou por muitos problemas desde 2011.

Contagiado pela vontade do chefe, o guitarrista Phil Campbell mostrou-se afiado e raivoso, com bons solos e mantendo a timbragem pesada dos grandes álbuns lançados a partir de 1990.

“Victory or Die'' é uma pancada perfeira para abrir “Bad Magic'': rápida, certeira, pesada, ganchuda e com um bom refrão. O primeiro single, “Electricity'', segue na mesma toada, com uma letra instigante e um vocal mais rasgado.

Outraas faixas que merecem destaque são “Thunder & Lightning'', um pouco mais cadenciada e com excelente trabalho de guitarras; “Shoot Out All of Your Lights'', um heavy metal típico e um pouco cru; “The Devil'', resgatando um climão oitentista com um um trabalho bem elaborado na bateria de Mikkey Dee; e o maravilhoso blues pesado “Till the End'', remetendo à ao menos maravilhosa “One More Fucking Time''.

O final do álbum é um pouco capenga, com a repetitiva “When the Sky Comes Looking for You'', com praticamente a mesma estrutura das duas primeiras músicas do CD, pouco acrescentando.
Já a versão de “Sympathy for the Devil'', dos Rolling Stones, quebra o ritmo intenso e veloz, com pouca audácia e ousadia, limitando-se a seguir com poucas variações a música original – dispensável e desnecessária.

“Bad Magic'' é uma boa notícia porque traz o Motorhead novamente motivado e inspirado, mebora esteja bem longe de ser uma obra-prima. Entretanto, é melhor do que 95% ds lançamentos de qualquer área do rock em 2015.

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