Pular para o conteúdo principal

Peso Resistente: a discografia comentada do Motörhead


http://headbangervoice.blogspot.com.br

Poucas figuras encarnaram com tanta propriedade o espírito indômito do rock and roll quanto Ian “Lemmy” Kilmister. O líder, cantor e baixista do Motörhead, nascido no dia 24 de dezembro de 1945, em Londres, chegou a sete décadas de vida com a popularidade intacta, embora não se pudesse dizer o mesmo de sua saúde. Após lançar em 2015 o o disco Bad Magic, com o Motörhead, Lemmy morreu no dia 28 de dezembro, vítima de um câncer.

Foram 40 anos de Motörhead e uma vasta discografia cheia de ótimos álbuns que valem a pena ser revisitados. Há muitas outras boas canções além de “Ace of Spades” e “Overkill”, duas das mais conhecidas pelo grande público. Lemmy nunca gostou de rótulos – sempre falou que apenas tocava rock and roll –, só que os trabalhos clássicos mostrados aqui ajudaram a moldar algumas das mais importantes facetas do heavy metal moderno.

 
  Overkill (1979)
O segundo disco do Motörhead trazia a formação mais feroz e conhecida da banda – além de Lemmy, também estavam “Fast” Eddie Clarke, na guitarra, e o folclórico baterista Phil “Philthy Animal” Taylor, que morreu no último dia 11 de novembro, aos 61 anos. Ao misturar a velocidade e a raiva do punk com a pegada do hard tradicional dos anos 1970, a banda já tramava o futuro do rock pesado.





BOMBER
 Bomber (1979)
Lançado sete meses depois de Overkill, o explosivo Bomber consolidou definitivamente o nome do grupo na cena do hard rock inglês – agora, todos estavam prestando atenção na voz rouca de Lemmy. Além disso, as canções furiosas já tinham um pé no thrash e no speed metal. A abertura, “Dead Man Tell No Tales”, e a faixa-título mostravam o poder do trio ao vivo. A produção ficou a cargo de Jimmy Miller, que trabalhou com os Rolling Stones.









 ACE OF SPADES
  Ace of Spades (1980)
Lançado em meio à explosão da New Wave of British Heavy Metal, movimento que o Motörhead ajudou a antecipar, esse disco ainda é imbatível. O trabalho fazia uma síntese de Overkill e Bomber, mas era mais acessível. A faixa “Ace of Spades” rapidamente se tornou a assinatura sonora do trio. “Jailbait” e “Fast and Loose” são outros dos petardos que valorizam esse álbum clássico.










NO SLEEP ’TIL HAMMERSMITH 
 No Sleep ’til Hammersmith (1981)
Considerado um dos álbuns ao vivo definitivos da história do rock pesado, No Sleep ’til Hammersmith trazia o Motörhead no auge, com Lemmy rosnando como um animal ferido e os demais integrantes tocando com uma rapidez assombrosa. O repertório é praticamente uma coletânea de grandes sucessos, incluindo versões matadoras para “Ace of Spades” e “Overkill”.

 ORGASMATRON 
 Orgasmatron (1986)
Devido a problemas contratuais, o trio ficou dois anos fora do estúdio. O retorno com o certeiro Orgasmatron veio na hora certa. A boa recepção ao álbum renovou a popularidade da banda nos dois lados do Atlântico. “Built for Speed” se destacou, assim como a faixa-título. Esse foi o primeiro trabalho com o guitarrista Phil “Wizzö” Campbell, que estava na formação até o fim da banda.

 MOTÖRHEAD 
 Motörhead (1977)
O autointitulado debute do Motörhead foi lançado em meio à consolidação do punk, do soft rock e da disco music. Mas a energia contida nele conquistou imediatamente vários fãs. Os músicos ainda estavam testando ideias, como na música de abertura, que leva o nome da banda.

IRON FIST  
 Iron Fist (1982)
O derradeiro álbum com a formação clássica – Lemmy, Clarke e Taylor – é excelente, porém a atmosfera geral já parece marcar o fim de uma era de ouro na trajetória do grupo. A faixa-título, “Heart of Stone”, e “Speedfreak” são uma boa amostra do trabalho.


ANOTHER PERFECT DAY 
 Another Perfect Day (1983)
Para o lugar de “Fast” Eddie Clarke, que havia saído, Lemmy convocou Brian Robertson (ex-Thin Lizzy). Ele trouxe texturas diferentes e um perfeccionismo a canções como a divertida “Back at the Funny Farm” e o hino antiguerra “Tales of Glory”.

 1916 
1916 (1991)
O disco é lembrado pelo single “The One to Sing the Blues” e por “Going to Brazil”, popular quando a banda toca por aqui. Lemmy se mostra reflexivo na power ballad “Love Me Forever”. Em “R.A.M.O.N.E.S”, ele homenageia os eternos ícones do punk.

 OVERNIGHT SENSATION 
Overnight Sensation (1996)
Overnight Sensation é até hoje um dos mais lembrados LPs gravados por Lemmy e cia. na década de 1990. Exceto pelo folk-rock “Listen to Your Heart”, é a esperada selvageria de sempre, exemplificada em “Crazy Like a Fox” e “Civil War”.

 WE ARE MOTÖRHEAD 
We Are Motorhead (2000)
Lemmy e companheiros entraram na década de 2000 com mais um registro sem frescuras – hoje, ele é lembrado pela faixa-título, que diz: “Nos somos o Motörhead, nascemos para chutar seu traseiro”. Outro ponto alto é uma cover fiel de “God Save the Queen”, do Sex Pistols.

HAMMERED  
Hammered (2002)
O sinistro e urgente Hammered evitava falar de farra; em vez disso, as letras versavam sobre o 11 de setembro e meditavam sobre a guerra, como pode ser ouvido em “Brave New World” e “Voices from the War”. Já “Serial Killer” era um poema, com Lemmy falando das motivações de um assassino em série.

MARCH ÖR DIE  
March ör Die (1992)
O momento mais polêmico de toda a discografia do Motörhead, March ör Die tem Lemmy elaborando canções mais convencionais e comerciais, como a power ballad “I Ain’t No Nice Guy”, que traz participação especial de Ozzy Osbourne e Slash.

 BASTARDS 
Bastards (1993)
Depois de tentar um material um pouco mais pop em March ör Die, era esperado um retorno dos músicos ao barulho primal. Foi isso que aconteceu em Bastards. “Death or Glory” e “Born to Raise Hell” são exemplos da fórmula esperada por fãs e crítica.

 MOTÖRIZER 
Motörizer (2008)
Motörizer é também o nome de uma linha de fones de ouvidos aprovada pelo Motörhead. E o disco homônimo é convenientemente alto e barulhento – para tirar a prova, basta escutar “The Thousand Names of God” e “Time is Right”, entre outras.

AFTERSHOCK  
Aftershock (2013)
Um dos mais consistentes CDs da última encarnação da banda, que contou com Lemmy, Phil Campbell e Mikkey Dee, Aftershock segue pesado com “Going to Mexico” e “Heartbreaker”. Já “Lost Woman Blues”, como o nome indica, é um blues lânguido e sujo.

BAD MAGIC  
Bad Magic (2015)
O último lançamento do Motörhead também merece ser citado por coroar as quatro décadas da integridade e consistência que permeou a obra dos músicos. Além de boas faixas originais, eles regravaram “Sympathy for the Devil”, dos Rolling Stones, último registro deixado por Lemmy antes de morrer.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Guns N’ Roses: Surge primeira foto de W. Axl Rose em 18 meses

Agora já com uma volta de parte do núcleo que fez do GUNS N’ ROSES a maior banda do mundo no fim dos anos 80 e começo dos anos 90 99,999% confirmada, podemos afirmar com a mesma proporção de certeza QUE: 1 – O grupo será SIM headliner do Coachella em abril próximo; 2 – A banda fará uma apresentação ao vivo no programa televisivo JIMMY KIMMEL LIVE! no mesmo dia em que as atrações do Coachella serão afirmadas – 6 de janeiro, uma quarta-feira; 3 – Mesmo com Duff e Slash a bordo, a banda – que também terá DIZZY REED, RICHARD FORTUS e FRANK FERRER – tocará “2 ou 3 faixas” do álbum de 2008 da marca, “Chinese Democracy”; 4 – Existe SIM um esforço do empresário Doc McGhee para que o SKID ROW – agora sem vocalista – reúna sua formação clássica com o vocalista SEBASTIAN BACH para abrir os 25 shows da turnê estadunidense que começa em maio. Seria um modo de a banda celebrar os 25 anos de seu maior sucesso de crítica e público, “Slave To The Grind” 5 – Prepare-se par

Filha de Tom Araya responde foto que virou meme

Ariel Araya, a filha do vocalista do Slayer Tom Araya respondeu ao meme da sua família que ficou famoso. A foto mostra a família Araya no Grammy há alguns anos, com Ariel olhando para o pai com cara envergonhada, e leva a legenda “Você pode ser do Slayer, mas sua filha adolescente ainda vai achar você ridículo”. Leia o comentário de Ariel Araya no Reddit, feito na última sexta-feira: “Eu tinha 11 anos quando essa foto foi tirada. Um monte de flashes na sua cara e 30 pessoas gritando ‘olhe para mim’ pode ser bastante intimidador. Eu amo o velho Slayer. Algumas coisas do material novo são ‘nhé’. Meu pai sente falta de casa. Ele não é ridículo. Ele é o melhor pai que ele poderia ser sob essas circunstâncias. Alguma pergunta?” Ariel ainda anexou uma foto provando a autoria do depoimento e respondeu diversas perguntas no Reddit. Para ler a conversa clique aqui .

Saiu!!! Download - Megadeth - TH1RT3EN (2011)

                                                                                                                                                               Thirteen (estilizado como TH1RT3EN ) é o 13° álbum de estúdio da banda de de thrash metal/heavy metal Megadeth , lançado em 1 de Novembro de 2011 "Thirteen" marca o regresso do baixista Dave Ellefson que fez parte da formação clássica da banda, de 1983 a 2002. Ellefson voltou a tocar ao vivo com o Megadeth no início de 2010. Esta é a primeira vez que Ellefson toca em um álbum do Megadeth desde "Rude Awakening" de 2002. Faixas 1. Sudden Death 2. Public Enemy No. 1 3. Whose Life (Is It Anyways?) 4. We the People 5. Guns, Drugs & Money 6. Never Dead 7. New World Order 8. Fast Lane 9. Black Swan 10. Wrecker 11. Millennium of the Blind 12. Deadly Nightshade 13. 13 Informações Gênero: Thrash Metal/Heavy Metal Ano: 2011 País: Brasil Links para download: Medi